A expressão WEB 2.0 (2004) ilustra bem esta noção: a Internet utilizada em todas as suas facetas com base na inteligência colectiva. Mais precisamente, a Internet evolui através do desenvolvimento de aplicações, de produção de conteúdos, de simples leituras e visionamentos efectuados por um número elevadíssimo de pessoas. Interagindo para o mesmo fim e estimulando a colaboração de milhões de utilizadores para um objectivo comum, as possibilidades da Internet potenciam-se.
Assim, os sítios mais típicos da Web 2.0 como as redes sociais, os blogues, as wikis, constituem exemplos deste modo de agir colectivo. Com efeito, a adesão massiva a estas plataformas deve-se não apenas ao facto de a Internet aliar informação, conhecimento e lazer, mas também ao facto de as pessoas preferirem participar, colaborar e criar conteúdos a serem simples consumidores passivos.
Webmap in Kosmar. |
O conceito WEB 2.0 é questionado por remeter para uma actualização tecnológica, quando, segundo Tim Berners-Lee, o pai da World Wide Web, esta foi concebida desde o início (1989) como um espaço, a que chamou Read/Write WEB, onde as pessoas podiam produzir conteúdos, disponibilizá-los e, por sua vez, aceder em simultâneo a informação produzida por terceiros. O equívoco advém do facto de, durante os primeiros anos (o primeiro sítio data de 1991), a WWW ter sido utilizada sem interacção com os utilizadores.
Fontes
Surowiecki, James. A sabedoria das multidões. Porto: ASA, 2007
Sem comentários:
Enviar um comentário