Acerca do «Mundo flutuante»

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Twitter: «Little bleu bird... what news would you bring?»

A visual guide to twitter
Se não tivermos em conta os meios de comunicação social e alguns os principais líderes de opinião, o Twitter é uma das ferramentas da Web 2.0 ainda relativamente pouco usada no nosso país. basta fazer uma breve pesquisa sobre as Bibliotecas que utilizam esta rede social para percebermos que não ultrapassam uma dezena e, de entre estas, algumas delas não apresentam um link para o respectivo sítio ou blogue.

É evidente que utilizar o Twitter pressupõe alguns requisitos: como esta rede social é particularmente eficaz para actualizar notícias e eventos, tal significa que organizações e personalidades cuja vida não se paute novidades sistemáticas não terá talvez muito interesse em recorrer ao Twitter. Contudo, sempre que numa determinada comunidade se esteja a desenrolar um acontecimento, o Twitter revela-se numa das mais eficientes formas de o divulgar. Minuto a minuto se necessário for.

Para uma Biblioteca, trabalhar a informação através do Twitter depende em primeiro lugar da rede de seguidores que construir e, depois, de um plano de divulgação não apenas dos eventos, das actividades e dos serviços que promover, mas também das novidades documentais que adquirir, as citações ou os versos do dia que decidir publicitar... Esta opção requer uma determinada periodicidade, da mesma forma que actualização de um blogue e de um sítio exigem outra, que deve ser cumprida.

Web Buttons
A articulação com o respectivo sítio ou blogue é também fundamental e não apenas para tweets que necessitem de um texto de desenvolvimento ou de uma referência. Dar a conhecer as páginas online da Biblioteca. O ideal seria talvez que cada notícia do sítio da Biblioteca fosse redigida de forma abreviada para a página do Facebook da Biblioteca e resumida a 140 caracteres para o Twitter. Por outro lado, no caso de algum acontecimento que afecte a comunidade, a Biblioteca poderia eventualmente contribuir também para a respectiva difusão actualizada.

Uma boa articulação entre estas diversas redes sociais é a opção de desenvolvimento de empresas e marcas, com as quais as Bibliotecas muito têm a aprender. Já a forma como as pessoas a utilizam individualmente é uma outra história, também ela não isenta de polémica. Assim, enquanto José Saramago afirmou: «Os tais 140 caracteres reflectem algo que já conhecíamos: a tendência para o monossílabo como forma de comunicação. De degrau em degrau, vamos descendo até ao grunhido.», a Academia Brasileira das Letras lançou, em 2010, o primeiro concurso de microcontos no seu próprio Twitter.

Por último, mas não em último, para quem cresceu na Europa dos anos 60, não é possível esquecer o pequeno twitter de uma conhecida canção dos Moody Bleus, Voices in the sky do álbum In Search of the Lost Chord.

 

Litle bleu bird, flying higt,
          tell me what you sing.
  

 

            If you could talk to me,
         what news would you bring?


terça-feira, 18 de outubro de 2011

Ainda o Facebook: uma relação amor-ódio?

Love Facebook
Hate Facebook

De entre as diversas ferramentas da Web 2.0, poucas haverá que suscitem uma relação de amor de amor-ódio tão intensa e extremada quanto o Facebook: dos amantes incondicionais e dos fãs que não conseguem passar um dia sem aceder várias vezes a esta rede social, aos que nela vêem a versão electrónica de Big Brother is watshing you e a encaram como instrumento da conspiração mundial que, a partir do rastreio dos pensamentos e acções de todos e de cada um de nós, pretende dominar a humanidade ! 

Ao construirmos uma rede social de amigos e de conhecidos e menos conhecidos, com quem contactamos regularmente é evidente que, se é verdade que beneficiamos desse «apoio», revelamos também muito de nós. Muito mais do que o que revelamos sempre que efectuamos uma compra com o cartão de débito ou de crédito, por exemplo. Contudo, se nos mantivermos fiéis ao princípio de que tudo o que comunicamos através da Internet pode ser sempre recuperado por outrem e que nunca podemos saber o que com esses conteúdos alguém poderá vir a fazer, podemos usar estas ferramentas para alcançar diversos objectivos. 

O Facebook é uma excelente forma de divulgar ideias, actividades, eventos... Não é por acaso que as marcas mais importantes alimentam páginas no Facebook, como também o fazem instituições tão credíveis e sérias como a Presidência da República, a Biblioteca Nacional de Portugal, as Organizações Não Governamentais e de Solidariedade Social, os grandes jornais e a própria Igreja está a considerar esta hipótese!

Porque o Facebook é uma aplicação essencialmente concebida para isso mesmo ou, como dizem os americanos, for spreading the news: tudo o que é publicado nesta plataforma dispara automaticamente emails para todos os «amigos» e fãs do editor em causa. Nesta medida, o Facebook é também presentemente utilizado como uma eficaz ferramenta na publicitação da informação que se pretende divulgar e, enquanto tal, é agregado a outros meios de informação mais consistente e fidedigna como o tipo de sítios e blogues acima mencionados.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Steve Jobs: a song of lost and love... and one more thing!

Dizer que não há ninguém insubstituível não passa de um lugar comum, de uma frase feita, da qual nos socorremos para evitar a angústia da solidão que nos assalta perante a fragilidade que nos define enquanto seres humanos.

Claro que sim, claro que há pessoas insubstituíveis e únicas no seu tempo e na sua visão do mundo, que traçaram caminhos antes inexistentes e que alargaram as fronteiras da nossa humanidade. Steve Jobs era evidentemente um deles.

Steve Jobs 1955 - 2011
No discurso que fez na Universidade de Stanford, em 2005, para centenas de jovens licenciados, Steve Jobs contou a sua vida em três histórias e em cada uma delas salientou uma atitude perante a vida, reflexo do seu incondicional amor à vida.

1) Seguir a curiosidade, a intuição e a independência, seguir o coração e a a nossa voz interior (our inner voice) vai mais tarde permitir-nos perceber como as nossas opções fazem depois sentido, connecting the dots;

2) Não perder a fé, nem o amor e a paixão pelo que se faz e continuar keep(ing) looking and dont seattle;

3) Entender que a morte é muito provavelmente a melhor invenção da vida porque nos confirma que a não devemos desperdiçar: se nos interrogarmos todos os dias sobre se será que eu quero fazer o que vou fazer hoje... confirmaremos se temos ou não de mudar a nossa vida. Porque, quando a morte deixa de ser para nós um conceito intelectual, podemos por fim perceber o valor de adoptar como lema (do grego, o que é recebido como um presente) de vida, o que Steve Jobs ali nos propõe: stay hungry, stay foolish!



(a partir de Apple e Hipojoy)